outubro 11, 2010

A despedida

A nossa despedida foi feita de beijos quentes, suspiros e palavras veladas.
O adeus foi feito de suor, calor e paixão.
A nossa despedida fez-me querer despedir-me de ti, vezes sem conta...

outubro 08, 2010

O fim antes do tempo

Havia tanta coisa para fazermos ainda… Não me deste tempo de me fartar de ti, e de sentir aquilo que soube desde o inicio: que a nossa relação não passava de um amor de verão.
Gostava que tivéssemos ido passar aquele fim-de-semana que falámos. Gostava que me tivesse ensinado a andar de bicicleta. Gostava que um dia te sentisses tão apaixonado por mim, que te esquecesses das outras pessoas e me agarrasses apaixonadamente. Gostava que tivesses pensado em algo romântico para me fazer. Gostava que a nossa relação tivesse progredido em vez de regredir tão rapidamente.
Gostava de ainda poder passar uma tarde de domingo chuvosa, abraçada a ti, no sofá.
Gostava sobretudo, de voltar a chorar a rir, abraçada a ti!

outubro 07, 2010

Buraco

Já acabou e agora no espaço que ocupavas antes, encontra-se um vazio enorme. Sei que não eras tu, o tal, mas gostava que fosses...

setembro 24, 2010

Que magia é essa que fazes, que me deixa sem ar. Que me faz morrer e ressuscitar, que me deixa anestesiada de tanto prazer. Que prazer é este que estava escondido em mim, que descobriste, e me vicia?
Sinto vontade de te consumir, de te aspirar, de te tornar meu. De te agarrar com força, e de me deixar ir. Que paixão é esta, que estando fechada numa casa, é transpirada por cada poro da minha pele?
Que ânsia é esta que me tolda os pensamentos?
Onde me vais levar? Onde me estou a deixar ir?
Foste o único homem que tive até hoje que foi sincero, e me disse que não prestava, que te ias embora, que isto não ia passar de uma relação ocasional.
Se já sei tão bem que me vou magoar, porque insisto em continuar? E deixo que a cada dia de intimidade que ganhamos, o nosso prazer se multiplique e se torne num vício...

setembro 08, 2010

Se eu não sei o que quero de ti, porquê esta ansia de saber o que queres de mim...

setembro 06, 2010

Quem és tu, afinal?

Podem estar 100 homens numa sala, desses 100 há apenas um que não presta, que eu vou escolher precisamente esse. Podem estar 100 homens numa sala lindos, e o menos lindo ser o único que não presta, que eu vou escolher precisamente esse, aquele que me vai magoar de certeza absoluta. Uma vez, a seguir à outra, e a seguir à outra. Talvez seja uma doença de que padeço e que me causa muitas outras doenças...

agosto 26, 2010

Accidently in love

Sim, gosto que tomes conta de mim. Que tenhas vontade de me proteger, que me agarres na mão e me guies por mundos desconhecidos. Gosto que me mostres o teu cantinho, e que queiras descobrir novos cantinhos comigo.
Gosto que sejas sincero, e me digas que não tens nada para me oferecer, porque sei que estás a ser sincero e não fazes ideia do quanto me dás.
Gosto que me provoques, e que conheças cada centímetro do meu prazer. Que estejas tão seguro e dominador quanto frágil e pronto a ser dominado. Gosto que me peças baixinho que faça de ti o que quiser.
Gosto do teu sorriso alegre quando me vês, e da tua voz entusiasmada quando me ouves. Gosto do teu ciúme escondido.
Gosto da vulnerabilidade do meu corpo nas tuas mãos. Gosto do nosso segredo e da vontade que às vezes tenho em desvendá-lo a toda a gente.
Gosto da felicidade que me dás quando sinto que sou inquestionavelmente eu, quando estou contigo.
Gosto tanto do que temos. Da instabilidade e indefinição desta espécie de relação.
Gosto de ti e gosto de gostar de ti.

julho 25, 2010

julho 16, 2010

Expectativas

Cada vez mais me apercebo que as nossas frustrações e alegrias vêm das expectativas que criamos acerca de tudo o que nos acontece. Aprendi isso contigo.

Conheço-te há anos, e como és mais novo, sempre menosprezei tudo o que poderia vir de ti. Sabia que tinhas um fraquinho por mim, e achava piada, mas não acreditava que houvesse nada entre nós. Eu mais velha, sempre tão bem comportada, e tu um puto maluco, que só queria drogas e rock n’roll (sim, porque nem sexo te via a fazer).

Hoje apercebo-me da parvoíce deste preconceito, afinal são só 3 anos de diferença. Acreditas que nunca me diverti sozinha tanto com ninguém como contigo? Falamos, rimos, provocamo-nos, lutamos para ver quem consegue calar o outro, e quando não o conseguimos fazer, calamo-nos com beijos. Aqueles beijos deliciosos, que me deixam com o coração a bater e que me provocam uma tremura nas entranhas.

Foi por não esperar nada de ti, que hoje tenho tanto a agradecer-te!

julho 14, 2010

julho 12, 2010

Desejos

Nunca ninguém provocou em mim tamanho arrepio... Sinto que o teu corpo foi esculpido para se encaixar perfeitamente no meu, as tuas mãos desenhadas nas medidas certas para descobrirem os cantos mais recônditos e profundos do meu prazer.
Entrego-me a ti, ansiosa pelas descobertas que ainda me esperam. A cada entrega um mundo novo de prazer, uma vontade infinita de voltar a ter-te mais, e mais!

julho 06, 2010

Fui eu que pedi

que me acontecesses, e agora tenho medo... A ideia da rejeiçao, a instabilidade desta espécie de relação provoca-me dúvidas constantes. Se sei que até vamos estar juntos, tudo me diz que devo continuar, se não vamos, acho que o melhor é fugir antes que seja tarde. Queria ter a cabeça vazia, e o coração guardado no congelador, para poder desfrutar de ti.

julho 01, 2010

E agora?

Naquela noite cedi aos teus avanços. Dava-me pica porque ambos sabíamos que não o devíamos fazer mas ainda assim, eu saber que nunca recusarias. Combinámos como poderíamos estar juntos sem que os nosso amigos soubessem. O dia já estava claro, e o que eu precisava mesmo era de colo, não propriamente de sexo. Mas para ter um tinha que dar o outro, e a surpresa instalou-se… Despertaste em mim vontades por ti, que nunca imaginei existirem. Viciaste-me com o teu movimento de ancas, com a tua forma carinhosa, mas máscula de me agarrar. Rendi-me a ti.

Não sei se é pela carência, se pelo vicio que rapidamente desenvolvemos por tudo o que é indescritivelmente bom, não paro de pensar em ti. E dou por mim a desejar baixinho, para que a minha consciência não se exalte, que aquilo que me sussurraste ao ouvido na última vez que estivemos juntos seja verdade.

junho 21, 2010

Há um vazio...

... enorme, em mim, por teres levado as duas das coisas mais importantes que já tive: O z. que me enchia de mimo, e me deixava sempre com o coração cheio pelo amor incondicional que tinha por mim, e a crença nas relações sentimentais. Dói-me profundamente habituar-me à ausência do Z. mas acho que nunca me vou recompor desta descrença. Não podias ter deixado um legado pior... É por isso que não suporto ver-te. Partiste algo em mim, que muito dificilmente alguém irá conseguir colar.

junho 07, 2010

Contra-senso

É engraçado como pode um vazio enorme no coração, ocupar na cabeça todo o espaço que existe livre.

junho 04, 2010

Coração partido

O post que se segue foi totalmente roubado daqui:

"Al perderte yo a ti
tú y yo hemos perdido:
yo porque tú eras lo que yo más amaba
y tú porque yo era la que te amaba más.

Pero de nosotros dos
tú pierdes más que yo:
porque yo podré amar a otros como te amaba a ti
pero a ti no te amarán como te amaba yo" *
.
(...) Aqui, apenas restou uma imensa área de terra queimada onde, pacientemente e a custo, se vai erguendo e conjugando a mulher que fui com aquela em que me tornei..
* Ernesto Cardenal [versão adaptada para o feminino]

junho 01, 2010

Ctrl + z

Ou talvez não. O inicio foi tão bom... Acho que é por isso que me custa ver-te ir.
Imaginar-te naquele papel que representavas na perfeição de homem romântico. Imaginar-vos a trocarem palavras cheias de duplos sentidos, prontas a acenderem a paixão que vos consome, imaginar o vosso primeiro beijo, a vossa primeira vez. Imaginar as comparações.
Sentir-me assim, de peito aberto, com um buraco onde caberia o mundo. Sentir-me pequena, diminuída, insignificante. Sentir inveja de não ter ninguém que me faça perder o sono e a fome, de não ter ninguém que me faça acreditar na beleza das histórias de amor.
Sentir que tudo poderia ter sido diferente, se fosses aquele que foste nos primeiros meses. Aquele que serás com ela agora, e que a deixará plena de expectativas.
Mais que tudo, sinto uma inveja terrível, que me consome, da beleza dela. E de ela ser (fisicamente) tudo o que sempre quiseste de mim.

maio 30, 2010

Perdida

O tempo passou e ao contrário do que se diz, a dor intensificou-se. A cada dia que passa, mais me sinto com vontade de desistir, de me deixar ficar. Não sinto saudades dele, porque o amor já tinha deixado de existir. Mas sinto o peso do falhanço, o peso do descrédito que me ficou. A dor maior é talvez o medo de que nunca mais volte a acreditar da maneira que já acreditei.
Não estou preparada para ficar sozinha e não estou preparada para ter ninguém.

maio 12, 2010

Luto

(...) perdemos alguém, e temos que superar o primeiro inverno a sós, e a primeira primavera e depois o primeiro verão,e o primeiro outono. e dentro disso, é preciso que superemos os nossos aniversários, tudo quanto dá direito a parabéns a você, as datas da relação, o natal, a mudança dos anos, até a época dos morangos, o magusto, as chuvas molha tolos, o primeiro passo de um neto, o regresso de um satélite à terra, a queda de mais um avião, as notícias sobre o brasil, enfim tudo. e também é preciso superar a primeira saída de carro a sós. o primeiro telefonema que não pode ser feito para aquela pessoa. a primeira viagem que fazemos sem a sua companhia. os lençóis que mudamos pela primeira vez. as janelas que abrimos. a sopa que preparamos para comermos sem mais ninguém. o telejornal que já não comentamos. um livro que se lê em absoluto silêncio. o tempo guarda cápsulas indestrutíveis porque, por mais dias que se sucedam, sempre chegamos a um ponto onde voltamos atrás, a um início qualquer, para fazer pela primeira vez alguma coisa que nos vai dilacerar impiedosamente porque nessa cápsula se injecta também a nitidez do quanto amávamos quem perdemos(...).
in A máquina de fazer espanhóis, Valter Hugo Mãe

maio 04, 2010

Estou triste

Preciso de um flirt. Uma coisa inocente, mas que me encha o ego. Uma pessoa a quem possoa espicaçar, que me desperte uma ou duas borboletas que tenho escondidas na barriga. Não me quero apaixonar, mas preciso de alguém que me faça sentir desejada, com vontade de rir à gargalhada… No fundo, no fundo, preciso de alguém que te substitua, por muito mau que isto possa parecer.

abril 30, 2010

Será pedir muito?

Gostava de ter um namorado assim… Principalmente se o blog magnífico vier acompanhado com uma voz rouca e uma aparência de deus grego.

abril 29, 2010

Há dias difíceis…

A comprová-lo está um buraco no meu peito e pensamentos estranhos na minha cabeça.
Quero ignorar esta sensação, e pensar que tenho que ser feliz, que tenho tudo para ser feliz, e que mais dia menos dia esta merda acaba toda!

abril 28, 2010

abril 22, 2010

Idade dos porquês

Hoje queria ter um colo, como não tenho dou colo à minha gata. Não é a mesma coisa, mas acabo por me sentir melhor. Principalmente quando ele se enrosca, se encosta e ronrona...
Porque é que temos a necessidade de ter alguém? Porque é que quando não temos, temos necessidade de pensar em alguém? Porque é que construímos futuros cor-de-rosa, com alguém que já pintou o passado de preto?

Hoje estou assim...

abril 21, 2010

Onde é que já ouvi isto?

"Falamos de mulheres aguilhoadas e amordaçadas a um amor que já não volta mas que ainda não partiu, nem se sabe se algum dia partirá."
Daqui

Estações de comboio, ou aeroportos

Adoro estações de comboio. O movimento das pessoas que vão e chegam, os ares tristes e os de total alheamento. Os que se vê claramente que viajam numa rotina cansativa, que se repete nos 5 dias da semana. E os que viajam para irem ao encontro de alguém, que vão felizes, que levam sempre um sorriso na cara. Os que chegam e que têm alguém à espera. Mas gosto especialmente de assistir às despedidas dos amantes. Dos beijos intermináveis, das promessas que os vejo segredar, dos olhares tristes, mas confiantes. Sabem que quando voltarem, terão todo aquele abraço triplicado pelas saudades que se farão sentir.

Já tive despedidas tão bonitas, e regressos tão saborosos. Hoje em dia não tenho para quem voltar, nem de quem me despedir. E se isso me deixa nostálgicas, muitas vezes também me deixa com uma enorme sensação de liberdade.

abril 19, 2010

Stop

Tenho a sensação que tudo à minha volta gira incessantemente e a uma velocidade vertiginosa. As semanas sucedem-se, de repente é segunda feira, mas daqui a bocado já é 6ª… e depois repete-se tudo outra vez. E tenho medo que quando der por mim a vida me tenha passado ao lado.

abril 16, 2010

Posso escrever

"Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi já.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.


Porque em noites como esta tive-a nos meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."

Pablo Neruda - Vinte poemas de amor e uma canção desesperada

Afinal...

Lembrei-me agora que tenho um jantar de aniversário no sábado, e que tenho que começar a dissertar a minha tese, e que tenho a casa para limpar, e que tenho roupa para passar, e que…