O infinito é agora
"Na maior aflição, no irremediável naufrágio, qualquer um quer salvar a alma. Ninguém quer passar sem deixar rasto (...) A vida, mais do que uma viagem com lugar de partida e porto de chegada, é um caminho que se perde no escuro interior de uma floresta, num grande esquecimento. Falta-nos o destino." Pedro Paixão, in o Infinito é agora
outubro 11, 2010
A despedida
O adeus foi feito de suor, calor e paixão.
A nossa despedida fez-me querer despedir-me de ti, vezes sem conta...
outubro 08, 2010
O fim antes do tempo
Gostava que tivéssemos ido passar aquele fim-de-semana que falámos. Gostava que me tivesse ensinado a andar de bicicleta. Gostava que um dia te sentisses tão apaixonado por mim, que te esquecesses das outras pessoas e me agarrasses apaixonadamente. Gostava que tivesses pensado em algo romântico para me fazer. Gostava que a nossa relação tivesse progredido em vez de regredir tão rapidamente.
Gostava de ainda poder passar uma tarde de domingo chuvosa, abraçada a ti, no sofá.
Gostava sobretudo, de voltar a chorar a rir, abraçada a ti!
outubro 07, 2010
Buraco
setembro 24, 2010
Sinto vontade de te consumir, de te aspirar, de te tornar meu. De te agarrar com força, e de me deixar ir. Que paixão é esta, que estando fechada numa casa, é transpirada por cada poro da minha pele?
Que ânsia é esta que me tolda os pensamentos?
Onde me vais levar? Onde me estou a deixar ir?
Foste o único homem que tive até hoje que foi sincero, e me disse que não prestava, que te ias embora, que isto não ia passar de uma relação ocasional.
Se já sei tão bem que me vou magoar, porque insisto em continuar? E deixo que a cada dia de intimidade que ganhamos, o nosso prazer se multiplique e se torne num vício...
setembro 08, 2010
setembro 06, 2010
Quem és tu, afinal?
agosto 26, 2010
Accidently in love
Gosto que sejas sincero, e me digas que não tens nada para me oferecer, porque sei que estás a ser sincero e não fazes ideia do quanto me dás.
Gosto que me provoques, e que conheças cada centímetro do meu prazer. Que estejas tão seguro e dominador quanto frágil e pronto a ser dominado. Gosto que me peças baixinho que faça de ti o que quiser.
Gosto do teu sorriso alegre quando me vês, e da tua voz entusiasmada quando me ouves. Gosto do teu ciúme escondido.
Gosto da vulnerabilidade do meu corpo nas tuas mãos. Gosto do nosso segredo e da vontade que às vezes tenho em desvendá-lo a toda a gente.
Gosto da felicidade que me dás quando sinto que sou inquestionavelmente eu, quando estou contigo.
Gosto tanto do que temos. Da instabilidade e indefinição desta espécie de relação.
Gosto de ti e gosto de gostar de ti.
julho 25, 2010
julho 16, 2010
Expectativas
Cada vez mais me apercebo que as nossas frustrações e alegrias vêm das expectativas que criamos acerca de tudo o que nos acontece. Aprendi isso contigo.
Conheço-te há anos, e como és mais novo, sempre menosprezei tudo o que poderia vir de ti. Sabia que tinhas um fraquinho por mim, e achava piada, mas não acreditava que houvesse nada entre nós. Eu mais velha, sempre tão bem comportada, e tu um puto maluco, que só queria drogas e rock n’roll (sim, porque nem sexo te via a fazer).
Hoje apercebo-me da parvoíce deste preconceito, afinal são só 3 anos de diferença. Acreditas que nunca me diverti sozinha tanto com ninguém como contigo? Falamos, rimos, provocamo-nos, lutamos para ver quem consegue calar o outro, e quando não o conseguimos fazer, calamo-nos com beijos. Aqueles beijos deliciosos, que me deixam com o coração a bater e que me provocam uma tremura nas entranhas.
Foi por não esperar nada de ti, que hoje tenho tanto a agradecer-te!
julho 14, 2010
julho 12, 2010
Desejos
Entrego-me a ti, ansiosa pelas descobertas que ainda me esperam. A cada entrega um mundo novo de prazer, uma vontade infinita de voltar a ter-te mais, e mais!
julho 06, 2010
Fui eu que pedi
julho 01, 2010
E agora?
Naquela noite cedi aos teus avanços. Dava-me pica porque ambos sabíamos que não o devíamos fazer mas ainda assim, eu saber que nunca recusarias. Combinámos como poderíamos estar juntos sem que os nosso amigos soubessem. O dia já estava claro, e o que eu precisava mesmo era de colo, não propriamente de sexo. Mas para ter um tinha que dar o outro, e a surpresa instalou-se… Despertaste em mim vontades por ti, que nunca imaginei existirem. Viciaste-me com o teu movimento de ancas, com a tua forma carinhosa, mas máscula de me agarrar. Rendi-me a ti.
Não sei se é pela carência, se pelo vicio que rapidamente desenvolvemos por tudo o que é indescritivelmente bom, não paro de pensar em ti. E dou por mim a desejar baixinho, para que a minha consciência não se exalte, que aquilo que me sussurraste ao ouvido na última vez que estivemos juntos seja verdade.
junho 21, 2010
Há um vazio...
junho 07, 2010
Contra-senso
É engraçado como pode um vazio enorme no coração, ocupar na cabeça todo o espaço que existe livre.
junho 04, 2010
Coração partido
"Al perderte yo a ti
junho 01, 2010
Ctrl + z
Imaginar-te naquele papel que representavas na perfeição de homem romântico. Imaginar-vos a trocarem palavras cheias de duplos sentidos, prontas a acenderem a paixão que vos consome, imaginar o vosso primeiro beijo, a vossa primeira vez. Imaginar as comparações.
Sentir-me assim, de peito aberto, com um buraco onde caberia o mundo. Sentir-me pequena, diminuída, insignificante. Sentir inveja de não ter ninguém que me faça perder o sono e a fome, de não ter ninguém que me faça acreditar na beleza das histórias de amor.
Sentir que tudo poderia ter sido diferente, se fosses aquele que foste nos primeiros meses. Aquele que serás com ela agora, e que a deixará plena de expectativas.
Mais que tudo, sinto uma inveja terrível, que me consome, da beleza dela. E de ela ser (fisicamente) tudo o que sempre quiseste de mim.
maio 30, 2010
Perdida
Não estou preparada para ficar sozinha e não estou preparada para ter ninguém.
maio 12, 2010
Luto
maio 04, 2010
Estou triste
Preciso de um flirt. Uma coisa inocente, mas que me encha o ego. Uma pessoa a quem possoa espicaçar, que me desperte uma ou duas borboletas que tenho escondidas na barriga. Não me quero apaixonar, mas preciso de alguém que me faça sentir desejada, com vontade de rir à gargalhada… No fundo, no fundo, preciso de alguém que te substitua, por muito mau que isto possa parecer.
abril 30, 2010
Será pedir muito?
Gostava de ter um namorado assim… Principalmente se o blog magnífico vier acompanhado com uma voz rouca e uma aparência de deus grego.
abril 29, 2010
Há dias difíceis…
Quero ignorar esta sensação, e pensar que tenho que ser feliz, que tenho tudo para ser feliz, e que mais dia menos dia esta merda acaba toda!
abril 28, 2010
abril 22, 2010
Idade dos porquês
Porque é que temos a necessidade de ter alguém? Porque é que quando não temos, temos necessidade de pensar em alguém? Porque é que construímos futuros cor-de-rosa, com alguém que já pintou o passado de preto?
abril 21, 2010
Onde é que já ouvi isto?
Daqui
Estações de comboio, ou aeroportos
Adoro estações de comboio. O movimento das pessoas que vão e chegam, os ares tristes e os de total alheamento. Os que se vê claramente que viajam numa rotina cansativa, que se repete nos 5 dias da semana. E os que viajam para irem ao encontro de alguém, que vão felizes, que levam sempre um sorriso na cara. Os que chegam e que têm alguém à espera. Mas gosto especialmente de assistir às despedidas dos amantes. Dos beijos intermináveis, das promessas que os vejo segredar, dos olhares tristes, mas confiantes. Sabem que quando voltarem, terão todo aquele abraço triplicado pelas saudades que se farão sentir.
Já tive despedidas tão bonitas, e regressos tão saborosos. Hoje em dia não tenho para quem voltar, nem de quem me despedir. E se isso me deixa nostálgicas, muitas vezes também me deixa com uma enorme sensação de liberdade.
abril 19, 2010
Stop
Tenho a sensação que tudo à minha volta gira incessantemente e a uma velocidade vertiginosa. As semanas sucedem-se, de repente é segunda feira, mas daqui a bocado já é 6ª… e depois repete-se tudo outra vez. E tenho medo que quando der por mim a vida me tenha passado ao lado.
abril 16, 2010
Posso escrever
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi já.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a nos meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."
Pablo Neruda - Vinte poemas de amor e uma canção desesperada